domingo, 14 de agosto de 2011

Monge no Caos



Gosto
de dormir depois de ver as estrelas
de acordar no silêncio e olhar a mata
de tomar chá de capim
de pisar na terra, descalço

Mas... e nas ruas de asfalto
no meio de buzinas e outdoors
na agitação do meu irmão
como ser o monge no caos?

Uma coisa é ser buda no ashram
uma coisa é ser zen assim
agora me diz
se o desafio não tá na quietude interna
mesmo no trânsito surreal
ter um sorriso interno e sincero

Compreender que tudo que existe
é vida
que não há certo e errado
tudo são possibilidades
pra evoluir e transcender os julgamentos

Busco a essência
não um resultado formatado
copiado e colado de padrões
nem pastiche de revistas de beleza
muito menos a perfeição irreal

Ah, que a existência é um grande jogo
e a gente escolhe ser vítima ou co-criador
Quero o tempo contemplativo
e a energia da ação
Quero ter asas e pés no chão.

Louise Prates

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